quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Assaltante que matou PM em perseguição teria sido executado

DH investiga

Domingos Peixoto

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A Divisão de Homicídios (DH) investiga um assalto que terminou com a morte de um criminoso e de um policial militar, na tarde desta quarta-feira, na Avenida Rio Branco, no Centro. Existe a suspeita de que o assaltante tenha sido baleado depois de ser preso. Segundo testemunhas, o criminoso não apresentava ferimentos ao ser detido por PMs.

Poucos antes das 15h, um bandido, não identificado, roubou o telefone celular de um pedestre na Rua Nilo Peçanha e fugiu em direção à Rio Branco. Ao se deparar com policiais que haviam sido alertados sobre o crime, ele teria feito um pedestre refém, antes de atirar contra o soldado Bruno de Castro Ferreira, de 29 anos.

O policial desceu do veículo do 13º BPM (Praça Tiradentes) e iniciou uma perseguição ao bandido. Na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Sete de Setembro, ele ordenou que o assaltante largasse a arma. Segundo testemunhas, porém, o bandido usou um pedestre como escudo e caiu no chão. Mesmo deitado, ele disparou e acertou a cabeça do policial. Em seguida, o assaltante foi dominado e algemado pelos outros policiais que davam cobertura. 

Um vídeo obtido pelo EXTRA mostra um policial militar chutando o criminoso, já caído no chão. Em seguida, ele é contido por um outro PM. Revoltados, populares tentaram linchar o criminoso. Alguns ainda conseguiram acertá-lo, mas foram contidos por guardas municipais.

Ainda vivo, o assaltante foi levado pelo policiais para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, onde chegou morto. Segundo funcionários do hospital, ele levou um tiro na barriga. No entanto, não há informação em qual momento ele foi baleado. Ferido por um tiro de pistola calibre 45 milímetros, o policial também chegou com vida ao mesmo hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Momentos antes do assalto, Oswaldo da Silva Oliveira Júnior, de 22 anos, foi preso por PMs nas proximidades da Rio Branco. Segundo a polícia, ele é cúmplice do bandido que morreu, e foi capturado antes de seu comparsa ser preso.

Contradição na patente e no batalhão

A morte do assaltante não é o único fato nebuloso da perseguição e dos crimes ocorridos na tarde desta quarta-feira, no Centro. Outra informação contraditória é a respeito da vítima, o policial militar Bruno de Castro Ferreira.

De acordo com a versão passada pela corporação, ele era soldado e estava lotado no 13º BPM (Tiradentes). No entanto, a farda do policial indicaria que sua patente era de cabo. O uniforme do policial mostrava ainda que ele seria do 15º BPM (Duque de Caxias).

O policial militar chegou com parada cardíaca ao Hospital Souza Aguiar. Médicos tentaram reanimá-lo, mas ele acabou morrendo. Ele faria 30 anos hoje.

A perseguição ocorreu num dos horários de maior movimento no Centro e assustou quem passava pelo local. Pelo menos cinco carros da Polícia Militar foram deslocados para o local. O auxiliar administrativo Pedro Santoro contou que houve tumulto e muita correria no momento em que foram ouvidos os disparos. Ele lamentou que o Centro tenha se tornado cenário desse tipo de crime.

— A gente fica perplexo. Estávamos todos trabalhando e acabamos nos deparando com uma situação como essa. Ficamos impotentes diante dessa violência — afirmou ele.

Casos de Polícia: Extra Online

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