sábado, 14 de fevereiro de 2009

Número de desalojados em Itaboraí chega a 900, diz Secretaria

Moradores enfrentam água na altura dos joelhos para chegar em casa.
Retroescavadeiras e tratores estão sendo usados para desobstruir valões.
Do G1, no Rio, com informações do RJTV

O sábado (14) começou com chuva na Região Metropolitana do Rio. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social de Itaboraí, o número de moradores que tiveram que abandonar suas casas subiu de 200 para 900. A maioria está na casa de parentes e amigos. Quem não tem para onde ir, está sendo encaminhado pela prefeitura para igrejas da cidade.

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Mesmo sem chuva forte nas últimas horas, a limpeza de ruas e terrenos no município ainda vai dar muito trabalho.

Dois dias depois do temporal, moradores ainda enfrentam água na altura dos joelhos para entrar e sair de casa. Vários imóveis foram invadidos pela lama e pela água, que destruíram móveis e eletrodomésticos. No bairro de São Joaquim, ruas e terrenos permanecem alagados.

“Cada vez que chove é isso aí. Tem que meter a mão na enxada, cavar buraco para sair a água todinha porque aqui a gente não tem saneamento básico para sair essa água. É sempre assim”, diz o borracheiro José Henrique de Souza.

A Secretaria de Governo de Itaboraí informou que está trabalhando 24 horas com cinco retroescavadeiras e dois tratores para desobstruir valões e escoar a água que ainda inunda alguns bairros. Mas como a chuva não para, a operação avança lentamente e tem poucos resultados.

A prefeitura de Itaboraí também está recebendo doações para as famílias que foram prejudicadas pela chuva, como alimentos, água, colchonetes, cobertores e artigos de higiene. O telefone para informações é 3639-2080.

Defesa Civil em alerta

Na sexta-feira (13), a Defesa Civil emitiu um alerta para a possibilidade de novas tempestades no fim de semana.

Segundo a meteorologia, a chuva de quinta-feira (12) foi provocada por uma frente fria. O que tornou o temporal mais intenso foi a combinação entre as altas temperaturas e a umidade elevada.

Transtornos no interior

Também na sexta-feira, a Secretaria estadual de Saúde informou que 3.605 pessoas tinham sido atingidas pela chuva. Uma das cidades mais afetadas foi Paraíba do Sul, no Sul Fluminense, onde três mil pessoas tiveram que sair de suas casas devido ao transbordamento do Rio Paraíba do Sul, que está três metros acima do nível normal.

O rio encheu na madrugada de sexta, após o temporal que atingiu vários municípios do Sul Fluminense. Em Paraíba do Sul, cerca de 500 casas que estavam em área de risco foram desocupadas pela Defesa Civil. Os moradores foram levados para casa de amigos e parentes.

A água atingiu um metro em várias residências localizadas próximas à margem do rio. Duas escolas do município foram inundadas e as aulas foram suspensas.

Força da água provoca buraco em ponte

O Rio Aldeia Velha também transbordou. No município de Silva Jardim, na Baixada Litorânea, a força da água provocou um buraco de quatro metros na ponte sobre a BR 101, que foi interditada. A Autopista Fluminense, concessionária que administra um trecho da BR-101, informou que a via já foi liberada para o tráfego.


Na cidade de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, em 24 horas choveu o esperado para todo mês de fevereiro. Houve alagamentos na RJ 106. O trânsito ficou parado por três horas.

Em Macaé, no Norte Fluminense, nove bairros foram castigados pela chuva. Moradores atearam fogo em pneus e lixo para chamar a atenção das autoridades para os constantes alagamentos.

Em Conceição de Macabu, também no Norte Fluminense, onde também ocorreram alagamentos, o número de pessoas desalojadas chegou a 87. Em Mangaratiba, na Região Metropolitana, foram 30 desalojados.

Alagamento em Volta Redonda

O transbordamento do Rio Paraíba do Sul também afetou o município de Volta Redonda, no Sul Fluminense. Os bairros Barreira Cravo e Dom Bosco foram os mais atingidos e algumas ruas ainda continuam alagadas.

A prefeitura afirmou que 57 casas foram afetadas pela chuva e cerca de 300 moradores tiveram que sair de suas residências. A Defesa Civil está fazendo um mapeamento na região e retirando os moradores que vivem em áreas de risco. De acordo com a Prefeitura, os moradores que não tiverem outra opção de moradia serão cadastrados no serviço de aluguel social.

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