POR PALOMA SAVEDRA
Rio - Sob muitos aplausos foi enterrado, às 18h desta sexta-feira, o corpo do arquiteto Oscar Niemeyer, 104 anos, morto na última quarta-feira por insuficiência respiratória. Cerca de 500 pessoas, entre familiares e amigos, estiveram presentes no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
A Banda de Ipanema tocou "Carinhoso" e os presentes cantaram o hino da Internacional Socialista em homenagem ao arquiteto. O corpo chegou ao cemitério em um carro aberto dos Bombeiros e escoltado por batedores da Polícia Militar.
Arquiteto foi enterrado sob aplausos de familiares e amigos | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
As Ruas São Clemente, Real Grandeza e General Polidoro ficaram interditadas parcialmente para a passagem do cortejo. Oscar Niemeyer foi velado no Palácio da Cidade, também em Botafogo, desde às 22h30 desta quinta-feira. Às 8h30, o velório foi aberto ao público.
O adeus a Oscar Niemeyer
Prefeito Eduardo Paes cumprimenta familiares do arquiteto Oscar Niemeyer
O ex-presidente de Cuba e líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, e o seu irmão, Raúl Castro, que atualmente preside o país, mandaram coroas de flores como homenagem a Niemeyer, que era comunista. “Ao incondicional amigo de Cuba”, diz a mensagem escrita na faixa da coroa de flores enviada por Fidel.
A estudante de arquitetura Gisela Aguiar aguardava às 7h45 a abertura do velório ao público. “Sou de Brasília e vim prestar a última homenagem. As obras de Niemeyer são únicas e pioneiras, como os palácios do Planalto e da Alvorada. Minha [obra] preferida é a Catedral de Brasília.”
Presidente de Cuba, Fidel Castro enviou coroa de flores | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Durante a madrugada , apenas familiares e amigos do arquiteto tiveram acesso ao local. As primeiras autoridades a chegar ao Palácio foram o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador e o vice Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, respectivamente.
Os jornalistas tiveram acesso ao Salão Nobre do Palácio da Cidade, onde acontece o velório, às 7h30. O caixão com o corpo do arquiteto, coberto com a bandeira do Brasil, está escoltado por seis integrantes da Guarda de Honra da Guarda Municipal do Rio.
Nove coroas de flores foram enviadas. O arquiteto morreu na noite da última quarta-feira, no Hospital Samaritano, em Botafogo, onde estava internado desde o dia 2 de novembro. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15.
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