domingo, 30 de dezembro de 2007

Família de vítima acusa major de sumir com filho do casal

"Família de vítima acusa major de sumir com filho do casal

Advogado quer processá-lo por seqüestro e cárcere privado.

Delegado acredita que Bruno Perroni planejou o assassinato nos mínimos detalhes.

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
Foto: Luis Alvarenga/Agência O Globo
Luis Alvarenga/Agência O Globo
O casal Érica e Breno em uma foto antiga (Foto: Luis Alvarenga/Agência O Globo)

O advogado da família de Érica Almeida Marques, de 33 anos, morta no último sábado depois de levar 11 tiros do ex-marido em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, pretende processar Breno Perroni, assassino confesso, também pelos crimes de seqüestro e cárcere privado.

Segundo Joseildo Santos, que defende a família da vítima, o filho do casal, de apenas um ano e meio, está desaparecido desde o dia do crime.

“Breno dispensou a empregada dizendo que a criança estava na casa de parentes, mas até agora ninguém nos disse onde está o menino. Vou pedir busca e apreensão na casa de toda a família dele e quem tiver com o garoto vai responder por seqüestro e cárcere privado”, disse Joseildo.

Segundo a polícia, em seu depoimento, ao ser perguntado sobre o paradeiro da criança, Breno disse apenas que ele "está num local seguro, com a família", e falou que só voltaria a falar sobre o filho em juízo.


O advogado pretende, ainda, pedir que a guarda do menino fique com Cláudia Almeida, irmã de Érica. “Eles já moravam juntos e tinham convívio diário”, explicou.

O G1 está tentando entrar em contato com o advogado do major, mas ele ainda não foi localizado.

Crime premeditado

Responsável pelo caso, o delegado Reginaldo Guilherme, da 78ª DP (Fonseca), em Niterói, acredita que o crime foi premeditado. “Ele planejou tudo nos mínimos detalhes. Estava com a criança e a levou para casa de parentes para estar sozinho quando a ex-mulher chegasse. Ele se manteve frio durante o depoimento e não pareceu arrependido”, contou o delegado.

De acordo com a polícia, Breno não aceitava a separação de Érica, ocorrida há cerca de um ano, depois de quatro anos de relacionamento. De lá para cá, o major insistia numa reconciliação e fazia constantes ameaças à Érica e a sua família. Numa tentativa de se defender, ela chegou a registrar pelo menos uma delas na Justiça Militar.

Ameaças

“As ameaças eram todas no sentido de ela voltar para ele. Ele vivia brigando por isso, tinha ciúmes dela e usava o filho para tentar convencê-la a reatar”, detalhou o delegado, que acredita que, por ter confessado e premeditado o crime, ele seja condenado à pena máxima, de 30 anos de prisão.

O crime aconteceu na manhã de sábado (29) em Barretos, Niterói, na Região Metropolitana, quando Érica chegava à casa de Breno para pegar o filho de um ano e meio para passar o réveillon com ela. No carro, próximo ao local do assassinato, estavam a irmã de Érica e seu filho mais velho, do primeiro casamento.

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