sábado, 1 de dezembro de 2007

Recém-nascido morre ao ter perna arrancada pelo pai em Caxias






Homem já teve passagens pela polícia e hospitais psiquiátricos. Ele está preso em cela especial para não ser linchado

Rio - Luiz Teixeira Rosa, 37 anos, foi preso na noite desta quinta-feira acusado de matar o próprio filho Cauã da Silva Rosa, de apenas cinco dias, no bairro Anhangá, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A criança teve a perna esquerda arrancada. Ela chegou a ser levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Caxias, mas não resistiu aos ferimentos.

Movimento brusco durante troca de fralda

Luiz Teixeira Rosa e a mãe de Cauã, Zuleide Maria da Silva, 33 anos, prestaram depoimento na 62ª DP (Imbariê). Segundo informações passadas pelo delegado, o crime aconteceu às 21h de quinta-feira. O casal estava deitado no quarto, quando o bebê começou a chorar. A mãe então começou a trocar a fralda, mas foi contida pelo criminoso, que se antecipou à decisão da mulher. Em um golpe brusco, Luiz arrancou a perna esquerda do filho.

Desesperada, Zuleide saiu para o meio da rua, pedindo socorro aos vizinhos. Luiz, ainda calmo, enrolou o bebê em uma toalha e também saiu de casa com o pequeno Cauã no colo. Com a confusão generalizada, a polícia apareceu, prendeu o acusado e levou a vítima para o Hospital de Saracuruna, onde o bebê já chegou morto.

"A minha mente se apagou"

Ainda de acordo com o delegado Omena, Luiz Teixeira Rosa, é pedreiro e tem algumas passagens por hospitais psiquiátricos e também pela polícia, acusado, inclusive, por crime de assalto a mão armada.

Nos depoimentos prestados nesta quinta e sexta, ele aparentava estar muito confuso. O homem foi levado algemado para a carceragem da 59ª DP (Centro de Caxias). Ao ser perguntado sobre o que tinha feito, ele respondeu: "A minha mente se apagou, não me lembro de nada, a não ser que as pessoas gritavam no meio da rua e que tinha um bebê sangrando em meus braços".

Luiz disse ainda que já foi viciado em drogas, mas que se regenrou e hoje é evangélico. Admitiu que já esteve preso, segundo ele, acusado de assalto, na Avenida Passos, no Centro do Rio, que não teria praticado. Confirmou que também esteve internado, três vezes, em hospital psiquiátrico, vítima de esquisofrenia, mas que agora está curado. Ele lembrou ainda que tem mais uma filha, de 5 anos, com outra mulher.

O delegado Omena disse que vai pedir ao juiz que atender ao caso um exame psicológico do acusado. De acordo com o policial, o homem corre risco de ser linchado na cadeia e, por isso, vai ficar em uma cela conhecida como "seguro", longe dos demais presos.

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