sexta-feira, 14 de maio de 2010

Espiã presa no Pavãozinho, Jonya também agia no Morro da Providência

Guilherme Amado

Irmã Loura

                     Jonya Lúcia Couto, na 13 DP - Foto de Márcia Foletto

Entre uma viela do Cantagalo e outra do Pavão-Pavãozinho, a baixinha de quase 1,60m passeava de mansinho, com uma inocente mochila verde, em formato de sapo, a tiracolo. Abordava PMs, policiais civis e imprensa para saber o que estavam fazendo, e intitulava-se “membro da Comissão de Direitos Humanos” das favelas de Ipanema e Copacabana. Presa ontem numa operação da Polícia Civil nas favelas, Jonya Lúcia Trotte era, na verdade, o exemplo clássico de lobo em pele de cordeiro.

Acusada de associação para o tráfico, Jonya fazia, segundo escutas realizadas pela polícia, o meio-campo entre o traficante Leandro de Oliveira Rezende, o Azul — hoje refugiado na Favela da Chatuba, no Complexo do Alemão —, e os traficantes que permaneceram no Pavão após a Unidade de Polícia Pacificadora. Informações da polícia revelaram que ela pretendia fazer o mesmo papel no Morro da Providência.

— Ela é antiga aqui. Muito antes da UPP, estava sempre por aqui na comunidade — contou ontem uma moradora da Providência.
Embora tenha afirmado, na delegacia, que trabalha para a

Organização dos Advogados do Brasil (OAB), a Irmã Loura, como Jonya é citada nas gravações, não é sequer voluntária da ordem. Segundo a presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB, Margarida Pressburger, ela às vezes ia à OAB, mas não fazia parte do quadro de voluntários da instituição.

Caso de Polícia: Extra Online

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