sábado, 31 de outubro de 2009

Bebê baleada em favela do Rio tem alta

Kaiane, de 11 meses, levou um tiro no braço no dia 25.
Sua mãe morreu no tiroteio; missa de 7º dia será neste sábado.

Cláudia Loureiro Do G1, no Rio

Foto: Reprodução TV Globo

A pequena Kaiane está na casa da tia (Foto: Reprodução TV Globo)

O bebê Kaiane do Nascimento Aragão, de 11 meses, que ficou ferida num tiroteio na Favela Kelson's, na Penha, no subúrbio do Rio, teve alta na manhã deste sábado (31) e está na casa dos avós, em Brás de Pina, no subúrbio. Ela está com braço engessado, mas se recupera bem do ferimento. As informações são de familiares.

Kaiane levou um tiro no braço no domingo passado (25) e estava internada Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

Missa de 7º dia

No tiroteio, a mãe de Kaiane, a dona de casa Ana Cristina Costa do Nascimento, de 24 anos, foi ferida nas costas e acabou morrendo. O tiro saiu pelo peito e atingiu o braço do bebê.

A missa de 7º dia de Ana Cristina será celebrada neste sábado, às 19h, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Favela Kelson's, segundo informou o tio da vítima.

Os pais de Ana Cristina souberam da notícia pelo rádio, na madrugada do dia 26, por volta das 2h da manhã. Ela era a filha do meio.  
“Fiquei doido quando ouvi o nome da minha filha no rádio. Sinto o que todos os pais sente, é a dor de pai e de mãe”, disse ele.

Investigação

No dia 27, o delegado que investiga o crime, Felipe Ettore, da 22ª DP (Penha), informou que aguarda os laudos o Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICE), para saber o calibre da arma. O prazo é de 10 a 15 dias. Caso a bala não tenha sido retida, o delegado disse que há outras formas de se chegar à arma do crime.

Testemunhas afirmam que a bala partiu dos policias. Já a Polícia Militar diz que a viatura do batalhão que fazia o patrulhamento no local foi alvejada e os policias não revidaram.
Ettore informou ainda que vai ouvir os parentes de Ana Cristina que estavam no local no momento do tiroteio, como o primo e o marido. Ele aguarda a família se restabelecer do trauma: “Os laudos são mais importantes. Não preciso fazer eles reverem essa cena trágica nesse momento”.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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