terça-feira, 9 de junho de 2009

Grupo de milícia conhecido como Liga da Justiça 'enfraqueceu', diz Beltrame

Grupo seria responsável por pelo menos 30 homicídios na Zona Oeste.
Segundo secretário, quadrilha reunia os mais violentos paramilitares.

Aluizio Freire Do G1, no Rio

 

Com o cumprimento de 42 mandados de prisão - 34 milicianos foram presos nesta terça-feira (9) e oito já estavam atrás das grades - o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, acredita que conseguiu dar um duro golpe no grupo de paramilitares autodenominado Liga da Justiça, que atuava em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

“Não podemos afirmar que a Liga da Justiça acabou, que não existe mais, mas ela praticamente se esvai com a prisão dessas pessoas” disse o secretário, ressaltando que o grupo seria responsável por cerca de 70% das ações de milicianos que atuam no estado.
Ele disse ainda que, com as prisões, estão sendo elucidados aproximadamente 30 homicídios praticados pela quadrilha naquela região.
“Era um grupo que dominava pelo menos 1,2 milhão de pessoas. O que direcionou nossa investigação para lá foi justamente o potencial criminoso desse grupo. Era o mais desafiador, o que mais achincalhava o povo do Rio de Janeiro e o que mais demonstrava poder e força”, afirmou.

Maior operação contra milícias

Segundo Beltrame, em seis meses já foram presas 114 pessoas ligadas às milícias, superando o total de prisões realizadas no ano passado nesse tipo de investigação. Na ação desta terça-feira, que contou com 450 homens das polícias Civil e Militar, “foi a maior operação de milícia já feita”.

Dos 66 mandados de prisão preventiva, 27 eram contra policiais militares, cinco para policiais civis, um contra agente penitenciário, um de bombeiros e outros 24 contra civis.

Entre os foragidos estão dois policiais civis. Um esteve lotado na Assembléia Legislativa (Alerj), no gabinete do ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, e outro está na Divisão Anti-Sequestro (DAS).
“O policial que estiver do lado da milícia é nosso inimigo. E vão perder o emprego”, avisou o chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski.
A operação denominada Têmis iniciou com inquérito na 35ª DP (Campo Grande) e resultou na prisão do ex-policial militar Ricardo Teixeira da Cruz, “o Batman”. Nesta terça-feira (9), numa segunda etapa da ação, foram presos os demais integrantes da Liga da Justiça.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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